sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Apropriações do espaço com o corpo

PARKOUR
Surgiu na França, nos anos 80 a partir de inspirações nas técnicas de salvamento e fuga de emergências. David Belle, considerado o criador da performance, veio de uma família de bombeiros e defendeu a ideia do preparo mental ser tão importante quanto o físico, portanto o traceur (seu praticante) deve aprender a controlar o medo. Sua prática consiste em se deslocar de um ponto a outro de modo rápido e direto, sem desviar de obstáculos como muros, vãos ou carros. Eles devem ser transpostos com manobras que envolvem saltos, escaladas e nenhum equipamento além do próprio corpo (daí o dilema sobre o parkour ser um esporte ou uma expressão corporal). O espaço ideal para a prática é a paisagem urbana, ou seja, o traceur usa a cidade conforme ele inventa.

DERIVA

Consiste em caminhar observando a cidade utilizando de algumas regras, como por exemplo, ignorar pré-concepções de lugares e se desligar de trajetos conhecidos, possibilitando assim propor mudanças situacionistas, ou seja, não significa fazer intervenções físicas e sim uma sistematização psicogeográfica como uma forma de ter novas percepções dos lugares. Está ligada à ideia de criar uma nova "cartografia". É uma forma de "mudar o mundo" a partir do estranhamento.

FLANEUR

Consiste na ideia de "vagabundear", andar pela cidade sem um motivo aparente a fim de gastar o tempo observando, imaginando, experimentando a cidade. Usa da transitoriedade.

ROLEZINHOS

São encontros marcados via internet por grupos específicos que se sentem segregados de alguns lugares e por isso vão simultaneamente ocupá-los, aproveitando de uma cultura já existente mas não a do lugar em si. É também uma forma de quebrar uma regra até então implícita: um grande e exagerado número de pessoas ocuparem o mesmo lugar.

FLASH MOB

Consiste em aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada. É uma forma também de questionar o lugar, de colocá-lo em evidência.

SKATEBOARDING

É um esporte que consiste em fazer manobras com um skate pela cidade, além de ser considerado também um meio de transporte, uma profissão ou apenas uma atividade recreativa para os seus participantes.

Representações

"RE:PRE:SENTAR envolve, ao mesmo tempo, um gesto relacionado à pré-existência, ao que já havia ou que já foi (re-), associa-o a um olhar sobre o que ainda não é, ao que pode vir a ser (pre-), e transforma o ato de definição, de estabelecimento, de permanência (sentar)."

Comparando as formas de representação, primeiro pelo Google Street View e em segundo, presencialmente, é possível conceituar pontos positivos e negativos e estabelecer semelhanças e diferenças entre ambas. Uma representação via internet é capaz de oferecer rotas necessárias quando alguém não sabe que caminho tomar a partir de imagens tridimensionais que auxiliam seus usuários pela sua facilidade de acesso e compreensão geralmente com todas as informações teóricas necessárias. Porém, embora cumpra seu propósito orientador e seja passível de contemplação e interação (o avanço da tecnologia possibilita muitas alternativas para o indivíduo que não quiser sair de casa se quiser interagir por lá mesmo), é limitada se comparada à experiência de estar em um lugar, de viver aquele momento, respirar a "energia" que ali existe além de oferecer uma apropriação do espaço maior no sentido de perceber eventos programáticos e interagir com o ambiente em si e com as pessoas também presentes (que embora exista também na dimensão virtual, é em menor proporção).

"Lugar ao Sol"

O documentário "Um Lugar ao Sol" dirigido por Gabriel Mascaro, apresenta entrevistas com alguns moradores de coberturas luxuosas, demonstrando assim o ponto de vista deles em relação ao modo de vida que levam. A maioria explica a procura pela cobertura por motivos de segurança e status, além de demonstrar em suas falas um sentimento de superioridade e alienação proporcional à altura de seus apartamentos. Um exemplo disso é uma carioca que diz achar encantador ver a troca de tiros entre dois morros ao lado do seu prédio, comparando-a com um espetáculo pirotécnico, sem a mínima preocupação de saber o que de fato está acontecendo ou entre quem está acontecendo, já que a cobertura deixa ela "ilhada" de tudo isso. Essa realidade reforça a existência de desigualdades sociais, porque enquanto uns olham de cima, como meros "espectadores", outros pagam o preço dos conflitos e a insegurança que existe "lá embaixo".

Seminário de interação

O processo do seminário interativo se iniciou com sugestões dadas pelos professores de vários artistas ligados à essa área de design interativo e áreas afins, como a cinética,trazendo uma gama de aplicações diversificadas e interessantes do assunto. Cito entre elas, algumas que gostei bastante:

LYGIA CLARK, que colaborou com muitos objetos tridimensionais de estruturas metálicas geométricas que se articulam por meio de dobradiças e requerem a co-participação do espectador. além de estudar as possibilidades terapêuticas da arte sensorial e dos objetos relacionais.

O GRIVO, que busca a interação na descoberta de sons por meio da articulação interativa

THEO JANSEN, que tem sua obra especialmente conhecida pelos trabalhos de grandes dimensões que se assemelham a esqueletos de animais e que são capazes de caminhar utilizando a energia do vento.

No trabalho em grupo, optamos por escolher entre as referências sugeridas uma plataforma interativa de Rafael Lozano chamada Sandbox. Esta consiste em uma instalação que envolve pequena, real e grande escala localizada na areia da praia (inicialmente no Glow de Santa Mônica), com duas caixas de areia colocadas em lugares distintos que permitem a aproximação das pessoas de uma delas e a sua posterior projeção na outra caixa. O projeto utiliza de câmeras que detectam movimentos e os transmitem ao vivo além de contar com dois projetores (os mais brilhantes do mundo). O Sandbox cumpre bem o que sugere, já que sua forma chama a atenção do público para iniciar a interação, e a partir daí brinca com os efeitos que a plataforma é capaz de fazer tanto com as pessoas participantes, como de animais e qualquer outra coisa que seja colocada diante do projetor. A diversidade nas escalas é surpreendente e a escolha da praia para a instalação, faz com que a interação seja muito mais prazerosa e instigante.

Vídeo demonstrativo

Outra escolha que fizemos em grupo, dessa vez fora das referências, foi uma instalação de mídia interativa de Aaron Sherwood e Mike Allison chamada Firewall. Esta é produzida a partir de uma folha esticada de spandex que atua como uma interface de membrana sensível à profundidade que as pessoas podem livremente empurrar para dentro e criar dinâmicas visuais e expressivas com formas que lembram fogo e sons, dando suas próprias interpretações.

Vídeo demonstrativo

Pergunta para discussão sobre virtual

" É possível encontrar um algoritmos ou leis para a virtualidade? "

Substância sem essência pré-definida -> Potencializo -> Atualização de seu significado -> Virtualizando -> Criando possibilidades de interação da ordem do acontecimento

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Desenvolvendo a ideia do objeto interativo individual

As novas relações que decidi abordar no meu objeto são: gerar uma interação por meio da articulação do indivíduo com as figuras tridimensionais a partir do movimento de rotação, e assim através de meios eletrônicos causar sensações de surpresa (percepção de luzes diferentes conforme as peças são giradas), sensações táteis (vibração em algumas) e entre outras (ainda estou desenvolvendo a parte eletrônica), dando ao indivíduo a capacidade de livres movimentos e interpretações, já que todas as partes do objeto possibilitam isso.

OBS: Na maquete, como faltou material, nas partes laterais do hexágono deveriam existir mais dois sólidos geométricos, e nessa foto ficou faltando as duas esferas na parte de cima que seria destinada a alguma interação eletrônica não resolvida (com molas, talvez).

Objeto interativo/programático desenvolvido em grupo

A proposta foi usar como base as relações dadas aos objetos por outros colegas da turma para desenvolver um novo objeto interativo e programático. Dessa forma, escolhemos dois que relacionaram formas triangulares e articulação de peças e decidimos desenvolver a ideia optando também pelas formas triangulares já que possibilitam várias combinações, além de ser uma forma contida em várias outras. Assim, dispondo de triângulos de forma aleatória contendo vários imãs de atração e repulsão em cada face na parte interior, a interação se baseia em aproximar as formas triangulares conforme a vontade e livre interpretação dos indivíduos que as articulam e a partir da aproximação dos imãs os triângulos poderão se encaixar uns nos outros corretamente ou causar repulsão, modificando o eixo de maneira que a forma em sua totalidade também se modifica. A imagem demonstra de maneira simples a repulsão de um dos eixos onde dois imãs se encontraram em dois triângulos. Os vídeos também tentam demonstrar a possibilidade de construir uma pirâmide, por exemplo, com a articulação deles.A imagem da prancha também incluída tem medida de 84 x 59 centimetros, e como a demonstração foi feita com triângulos de mesmo tamanho, optamos por deixar as medidas de equiláteros com arestas de 5 cm cada.

Objetos inspiradores: 1.

2.

Demonstração 1

Demonstração 2

Grupo: Eu, Fernanda Alves e Laís Bernardes.

Croqui Coreto do Parque Municipal

(Discussão sobre representações)

Croquis Parque das Mangabeiras

1. Sobreposto 2. Sem sobreposição

Visita ao Museu de Arte Moderna da Pampulha

Principais conteúdos abordados: Os cinco princípios da arquitetura moderna de Le Corbusier, aspectos contextuais do projeto da Pampulha e do Cassino e Oscar Niemeyer

Croquis

Lateral do Museu

Fachada do Museu(Inacabado)