sexta-feira, 19 de agosto de 2016

"Nosso Programa" de Vilém Flusser

Flusser cita em seu texto noções de existência das quais são consideradas a finalística, a causalística e a programática. A primeira relaciona uma tradição em que a humanidade está sujeita a uma finalidade já definida pelo destino, ou seja, explica o presente pelo futuro, e dessa forma cria a questão de até que ponto a liberdade do homem prevalece ou pode se opor ao que já está predestinado. Já a segunda tem seus conceitos formulados pela ciência da natureza em que toda causa gera um efeito, e oferece uma liberdade subjetiva, isto é, as causas são determinadas com complexidade e as consequências são por isso "imprevisíveis" ao homem, porém objetivas e se baseia nos acontecimentos passados. A noção programática é absurda e movida pelo acaso e se baseia em modelos compreendidos por meio de programas(sistemas), como a termodinâmica e a biologia molecular. Por fim, concluo pelo texto e pelas discussões em sala que as noções finalística e causalística tendem a desaparecer cada vez mais pois limitam a liberdade do homem, tanto em suas ações quanto a sua visão e compreensão de mundo, enquanto a programática ganha cada vez mais espaço já que sua essência nega as tradições politizadas e dá a liberdade necessária, porém requer o aprendizado de saber lidar com os seus "jogos" para que o homem não se torne um robô alienado por tais programas. Acrescento ainda que as dinâmicas passadas em aula foram indispensáveis para o maior entendimento das noções apresentadas por Flusser, exemplifico uma delas: nós alunos formamos uma longa fila e a cada palma de um professor, baseando-se por quem estava à nossa direita, movimentávamos para a esquerda se fosse alguém de altura maior. Dessa forma ficou mais clara a ideia de que a meta era organizar uma fila do menor para o maior, seguindo regras traçadas por objetivos, o que caracteriza a finalística.

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